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Um bom convívio familiar

UM BOM CONVÍVIO FAMILIAR

 

INTRODUÇÃO

É cada vez mais comum depararmos com famílias devastadas por brigas que destroçam a união e o bom convívio entre os seus membros. Hoje abordaremos problemas familiares de uma forma geral, onde entendermos que esses conflitos podem chegar ao extremo, causando danos irreparáveis, trazendo ódio, porfias e rancor, sentimentos esses que se tornam barreiras para um bom convívio familiar.

 

 

Textos base:

“Quem causa problemas à sua família herdará somente vento; o insensato será servo do sábio.” Provérbios 11:29

"Melhor é um pedaço de pão seco com paz e tranquilidade do que uma casa onde há banquetes e muitas brigas.” Provérbios 17:1

 

 

A Bíblia nos mostra diversos relatos de conflitos familiares, se observarmos logo no início, temos a história de um assassinato, onde Caim mata seu irmão Abel. Vemos ainda as histórias de Jacó que se aproveita da fragilidade de Esaú para tomar posse de sua primogenitura, além de José que recebeu de Deus, sonhos sobre seu futuro, o que fez despertar a inveja e a ira por parte de seus irmãos, podemos falar ainda de Davi e o convívio conturbado com seu filho Absalão, que em um primeiro momento orquestra a morte de seu meio irmão Amnom, por vingança e isso lhe leva a fugir, mas passados alguns anos Davi sente falta de Absalão e permite que ele volte para Jerusalém, conforme II Samuel 14:23, mas Absalão logo, vai se rebelar contra seu próprio pai e arma uma conspiração para tomar o trono de Israel.

Notamos acima, alguns problemas que poderiam ser resolvidos na família, mas não foram e acabaram gerando sentimentos de inveja, ódio, ganância, mágoa, rancor e planos maquiavélicos, os quais resultaram em inúmeras consequências que foram desde a vontade de tomar o lugar do outro, alguns por sua vez venderam seu irmão e forjaram a sua morte e outra ainda mais extrema onde o desfecho final foi um homicídio.

 

Nenhuma família está isenta de crises e contendas. Muitas são as causas de desentendimentos e, independente das suas motivações, precisam ser rapidamente tratados para que venhamos a experimentar o bom propósito de Deus para a família de um modo geral. Em nossa vida enfrentaremos embates familiares, que vão desde a discussão entre marido e mulher, passando pela questão da desobediência dos filhos, temos ainda os problemas de relacionamento entre sogras e noras, genros e sogros, em outros casos, irmãos que não se entendem e se sentem preteridos, pois veem os pais beneficiando determinado ou determinados filhos e isso tudo vem a ser a causa da maioria das brigas de família.

Como lidar e tratar desses problemas e brigas para que não cheguem aos extremos e não tragam consequências indesejáveis a todos? Veremos em seis tópicos, algumas escolhas nossas que podem determinar um bom ou mau convívio familiar e também aquilo que o Senhor tem a nos ensinar através de Sua Palavra:

 

ESCOLHA O SILÊNCIO

Quando resolvemos entrar em uma discussão, devemos esperar qualquer resposta vinda do outro lado... “QUEM FALA O QUE QUER, OUVE O QUE NÃO QUER”. Se uma discussão for levantada, busque acalmar-se e prefira o silêncio à resposta imediata, pense reflita, respire, conte até dez, vinte, trinta, quarenta.....

Pois quando surpreendidos com uma atitude ríspida ou fala grosseira somos inclinados a reagir prontamente em defesa e a boca é o primeiro recurso que pode ser mal empregado em momentos de tensão. Portanto, silencie-se e reflita bem antes de falar.

“Até o insensato passará por sábio se ficar quieto e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento” (Provérbios 17:28).

 

NÃO TENHA ESPÍRITO DE REVANCHE

Existem pessoas que insistem em nos prejudicar, nos desejar o mal, nos magoar, mesmo sendo de nossa própria família e isso é triste falarmos, mas se trata de uma grande realidade. Sabemos o quanto é difícil, tomar uma pancada e não ter a vontade de revidar, mas não podemos agir assim, principalmente se estivermos lidando com alguém de nossa família e se esse alguém for aquele que não professa a nossa fé. Quando estamos magoados, feridos e nos sentindo injustiçados, por vezes, buscamos a todo custo defender nossa honra, imagem, verdade ou opinião. Mas antes de nós mesmos, devemos honrar a Deus em primeiro lugar. Honre a Deus e Sua palavra mais do que a você mesmo. Lembram de José?

“E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida. Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles. “Gênesis 50:19-21.

 

É uma ilusão imaginar que sempre podemos vencer os problemas nos relacionamentos por conta própria e obter justiça por meio da nossa força. Não podemos esquecer que a nossa honra e justiça não vem de homens, mas do Senhor quando decidimos honrá-lo primeiramente em obediência à sua Palavra, dando bom testemunho, demonstrando amor e mansidão para lidar com os embates da vida.

 

TENHA A MEDIDA CERTA E O CONTROLE DE SUA FALA

Um bom diálogo, com o emprego adequado das palavras podem determinar o fim de muitas discussões, equívocos e desentendimentos. Tome sempre a iniciativa de estabelecer uma conversa sadia e use boas palavras, discernindo sempre o tempo certo e o melhor modo de falar.

Não adianta falar que deseja conversar para resolver uma determinada situação e já se apresentar com pedras nas mãos prontas para serem arremessadas contra aquele que está do outro lado. Um bom diálogo só é possível quando nos apresentamos desarmados e vestidos de humildade, compreensão, compaixão e o desejo de resolver o problema, caso contrário, poderá se agravar a situação que já não é boa e assim ficará cada vez mais difícil, encontrar a paz.

Aquele que busca viver em paz, deve estar aberto ao diálogo e se expressar de forma racional, sem um emocionalíssimo exacerbado, demonstrando equilíbrio e medindo suas palavras. 

“A boca do justo é fonte de vida, mas a boca dos ímpios abriga a violência” (Provérbios 10:11).

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Colossenses 4:6).

 

 

O PERDÃO É A CHAVE

Durante o bom diálogo, procure compreender e aceitar as razões do seu familiar, porém não espere dele isso inicialmente, pois temos sempre essa questão de achar que o outro deva agir da forma que nós gostaríamos, mas se nós já sabemos o que deve ser feito, que isso parta de nós. Mesmo que não se sinta satisfeito com o desfecho do diálogo, libere o perdão, não deixe que raízes de amargura travem sua vida, deixe bem claro que para você, o assunto foi encerrado, dessa forma o problema deixa de ser alimentado e a vida segue seu rumo.

Tem gente sofrendo todos os dias, por não liberar perdão, esses aceitam até conversar, mas ao final da conversa, caso não saiam como o VENCEDOR, acham que de nada valeu o diálogo, mas se esquecem que do outro lado está alguém que em muitas das vezes, espera assim como você sair como VENCEDOR também, pois o ser humano em grande parte de sua vida quer ter razão, mas para se resolver conflitos, muitas vezes teremos que abrir mão dessa tal razão se quisermos ser felizes e ter paz.

Devemos perdoar e nos deixar ser perdoados, deve-se haver humildade para reconhecer seus erros e pedir perdão, além de ter a compaixão necessária, para aceitar o pedido de perdão daquele que falhou com você. Chega de ficar remoendo feridas e mágoas, uma boa convivência em família, está muito além de se chegar a uma conclusão sobre quem está certo ou errado, seja maleável, dê o braço a torcer, perdoe e viva feliz.

 

Nunca devemos nos esquecer da importância do perdão, pois se você não perdoar as falhas do seu próximo a suas falhas também não serão perdoadas por Deus. O perdão deve ser liberado antes de orarmos e apresentarmos nossas súplicas ao Senhor.

“E, quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial perdoe os seus pecados. Mas, se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados" (Marcos 11:25-26).

 

SUA LUTA NÃO É CONTRA O SEU FAMILIAR

A família é a base do ser humano e por isso se torna uma das principais áreas de ataque do diabo. Seu propósito é provocar a desunião, inimizade e a ira até as últimas consequências. Portanto, não ignore a astucia do inimigo, vigie resistindo aos planos malignos de discórdia e rompimento dos laços familiares. O inimigo de nossas almas sabe que afetando seus laços familiares, estará te afetando. Ele adora ver que você que está na Igreja glorificando a Deus, chegue a uma reunião de família e não fale com seu irmão, sua irmã, seu pai, sua mãe, seu avô, sua avó, sua sogra, seu sogro, seu genro, sua nora, seu sobrinho ou sobrinha, seu primo ou prima, seu cunhado ou cunhada etc... O diabo adora isso, mas Deus abomina, pois pregamos o amor, a comunhão, servimos a um Deus de Paz e devemos nos apresentar assim diante de nossa família.

Devemos ter a sensibilidade do Espírito para entendermos, que nosso problema não é com aquela pessoa da família e sim com aquele que atua através dela e muitas vezes através de nós mesmos se permitirmos e que tem a única finalidade de trazer conflitos, brigas e porfias.

“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12).

 

NADA DISSO É POSSÍVEL SEM AMOR

O verdadeiro amor é uma decisão e deve ser manifestada independente de qualquer situação, podemos dizer assim que amar é uma escolha. Quando amamos, buscamos o bem do outro, procuramos servir, reparar os erros, perdoar as ofensas e não magoar as pessoas. Relevamos as falhas e não as expomos para terceiros, procurando sempre dar o nosso máximo, sem nada esperar em troca. O amor é o principal ingrediente para um bom convívio familiar.

Quando damos lugar a sentimentos como ódio, raiva, inveja, incompreensão, orgulho, mágoa, dentre outros, estamos incorrendo no risco de deixar de exercer o maior dos dons que Deus nos deu, a saber o amor.

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13:4-7).

 

CONCLUSÃO

Devemos entender que a família é composta por pessoas diferentes e que por isso pensam, agem, sonham, tomam decisões, diferentemente de nós mesmos. Mas que ainda assim é possível termos um bom convívio familiar, se cada um abrir mão do seu próprio EU, em beneficio da paz e união de todos.

 

Que Deus abençoe e guarde sua família sempre!!!

Pr. Carlos Leandro Fernandes

 

 

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